Pierre de Coubertin constantemente destacava em suas falas o impacto que os Jogos Olímpicos poderiam ter na sociedade de todos os países envolvidos no evento. Esse foi um dos grandes motivos pelos quais o francês se esforçava em garantir que o Olimpismo fosse democrático e internacional, mas também, sobretudo, para todos os públicos e nações do mundo.
Nesse sentido, a universalidade dos Jogos foi um determinante para confirmar seu êxito desde o restabelecimento – oficializado em 1894 – até os dias atuais. Dentre tantos paradigmas enraizados pela antiguidade, esteve a participação das mulheres nos Jogos Olímpicos. Há muito tempo o público feminino vem demonstrando uma ilustre consolidação no esporte, afirmando uma luta progressista e igualitária, sem qualquer tipo de descriminação ou exclusão em qualquer meio social. Por conta disso, hoje é impossível imaginar o espetáculo dos Jogos Olímpicos modernos sem a presença das mulheres. E, neste ano, pela primeira vez uma mulher foi escolhida para dar abertura ao revezamento da Tocha Olímpica.
O Comitê Olímpico da Grécia escolheu a medalhista de ouro Anna Korakaki para ser a primeira pessoa a carregar a tocha após a cerimônia de acendimento da chama na Olímpia Antiga, em 12 de março. O revezamento da tocha durará uma semana na Grécia, até que seja entregue aos organizadores de Tóquio durante uma cerimônia, em Atenas. Spyros Capralos, presidente do Comitê Olímpico da Grécia, denominou a escolha de Korakaki como “um momento histórico”, conforme notícia no site NBC Sports.